sexta-feira, 12 de setembro de 2014

PALAVRAS





Na aventura do encoberto, à meia luz,
Descortino o palco do meu Ser.
Em qual passe de mágica, os holofotes das palavras
Encandeiam-me e tudo não passam de símbolos indecifráveis.

Indecifráveis não são as palavras...
Mas o que se passa dentro de mim
Não existe compreensão verbal
Talvez seja tão fenomenal, ou não.

Os sons articulados
São meras grafias formadas por uma reunião de letras
Não expressam a intranquilidade intrínseca da minh'alma.
Universo de símbolos desconexos.

Busco algo que possa expressar sublimemente
O burburinho de insatisfação, solidão.
Na busca do melhor vocabulário, Silencio.
Só o silêncio entenderá minha indignação.

Liliane Castanha

09/09/2014

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

INCERTEZAS





Incerto seria chegar ao fim...

Que fim se nem mesmo o planejei?
Não tive o cuidado de coloca-lo no borrão,
Prende-lo às sete chaves
E, por fim, ter certeza das minhas incertezas...

Ver os botões das rosas desabrocharem
Se nem mesmo as cuidei.
Ah, meu caro, a vida não tem manual.
A busca milimetricamente planejada
Continuará sendo de incertezas concretizadas.

Quando será que terei a concretude
Dos meus sonhos e anseios!?
Voltaria a sonhar e sonhar...
Espirais que se dissolvem ao vento.

Afinal a única certeza que tenho
É a incerteza do passageiro e do efêmero.

 Liliane Castanha


                                  29/08/14                                 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

QUAL É O MEDO?









Por que temer, se busca 
de fato o brilho do sol;
O encantamento da lua a fulgurar
na imensidão do espaço.

A dança das borboletas entre as flores;
O Soar das sinfonias dos pardais;
O barulho das cascatas;
A leveza das correntezas dos rios?

O que teme se busca o seu apogeu?!
Segue esse rio qual folha que desliza
a desaguar no exuberante mar.
Não se atenha, não temas!
Pode então se encontrar.



28/08/14 
Liliane Castanha

sexta-feira, 4 de julho de 2014

ROSA DO DESERTO



No meu jardim, és a primeira.
Contemplação em seu desabrochar
Admirável pelos robustos caules
És guerreira; pode ventos suportar.

Em arenoso solo nasceste
Meu jardim desértico veio perfumar
Cresceste, tomaste forma
Hoje mulher a encantar!

Minha primogênita!
Encanta-me com tua rara beleza
Raciocínio sutil tentas encobrir tua grandeza
Inteligência a cada desabrochar.

Mais um ano a trazer-te boas novas!
Germinada foste com muito amor
ROSEANE: minha rosa do deserto
A florescer e perfumar por onde for.

Liliane Castanha

04/07/2014

quarta-feira, 28 de maio de 2014

PARABÉNS



Pássaros em sinfonia
Desperta-me ao romper do dia
Anunciando com festejo singular:
Hoje é um dia pra se comemorar!

Nasce a cada nascer do sol
Encanta com alegria em arrebol
Fascina com a simplicidade do ser.

É “Alegria” por muitos declarada
Benção por nós compartilhada
Joia rara de valor inestimável.

Lailton, felicidades no caminhar
Nunca se esqueça do Senhor exaltar
Ricas bênçãos nosso Deus vai derramar
Na sua casa, na sua vida, aonde trilhar.

Liliane Castanha
28/05/2014

sábado, 17 de maio de 2014

ECLOSÃO



Quero eclodir sem culpas e receios
Na busca do brilho do apogeu
Sem reservas, nua, sem pudor.

Na essência da vida
Lançarei-me sem apegos
A impressionar ou não
Àqueles que me espreitam.

Buscando ao Sol
O que me é por direito
Ofuscando o olhar daqueles
Que impedem-me de galgar o ápice.

Liliane Castanha
(17/05/2014)

HOMENAGEM A NEIDE CASTANHA




















A semente germinou...
Nasce uma linda flor!
De olhar  meigo,  gesto tranquilo
Com todo o frescor de ímpar beleza
Veio ao mundo esse ser para nos encantar.

Inteligente, persuasiva
E de porte elegante
Trazendo leveza ao fazer sua graça
Notada faz-se por ser singular.

De nobreza audaz
Ao dividir o saber
Na ânsia de extrair
O melhor de um ser.

Nesta data especial 
Venha desabrochar
Sem medo e  sem pudor
"A grande mulher"
Que escondes dentro de ti!

Liliane Castanha
(18/05/14)

ERIC ANDREI (Meu Filho)







Raia o sol neste dia
Que mais parece cantar
Neste dia mui faustoso
Nosso coração alegrar.

Mais um ano se passa...
Que o bom Deus te concede
Nesses seus catorze anos
Muitas alegrias nos destes.

Filho és uma benção
Ao nosso lar alegrar
Sua voz  e o seu jeito
Sempre a nos  encantar.

Com carinho neste dia
Queremos congratular
Desejando com ardor
Felicidades no caminhar.


Liliane Castanha
(18/05/14)

sábado, 12 de abril de 2014

PALAVRAS







Palavras são apenas enigmas
que tentamos decifrar.
É o som que quebra o silêncio!
Ao mergulhar em meu Eu
na busca do sentido, imerjo
em minhas entranhas.
Me deparo com a palavra
CALMA... 
Descansa, minha alma!


Liliane Castanha
06/03/2014

CONSCIÊNCIA



A casa que emoldura seu eu
Sendo ela grande ou pequena
Que dentro caiba seus sonhos.

Quando quiser mude os móveis
Rodopie entre os espaços
Assista um grande concerto
Cantarole uma ópera.

A inspiração não seja sugada pela
exterioridade.
Que a obra fale por si
A moldura, apenas o enquadramento 
da essência.

Liliane Castanha
05/03/2014

segunda-feira, 3 de março de 2014

MEMÓRIA




Sob a luz do luar...
Reluz a brancura da neve.
Que aos poucos invade a recâmara
Fazendo sentir o frio desconcertante
Despedaçar o coração.

Perambulo nas madrugadas
Tristes e sombrias...
Nos becos da minha memória.
Encontro a magia dos flocos de neve
Que deixa cicatriz dos ventos congelantes
Rasgando-me por dentro.

Que o sol volte a brilhar!
Desfazendo os hexágonos cristais
De olhares apáticos
Em seus braços aconchegados acordar
E as flores petrificadas encontrem fios de luz.

Liliane Castanha

01/03/2014

DESABAFO


Espelho oculte minha face!
Desenhada está da labuta da vida;
A caminho tiranos, levou-me
Quando dei por mim a juventude se finda.

Meu caro lhe digo com certeza
Tudo que é bom, um dia chega ao fim.
Prateados cabelos prenunciando a velhice
Experiências apenas é o que restou enfim.

Espelho entenda o meu drama!
Quando acordei já era anciã.
Tudo que aprendi levarei comigo
O que não vivi, viverei amanhã.

Liliane Castanha
18/02/2014

domingo, 2 de março de 2014

INTREPIDEZ



Muro que rouba nossa visão
Tirando a paz entre irmãos
Deixando o coração qual sertão.
Muro da descrença, da hipocrisia!


Cortina que impedi a clareza
Tirando a nitidez dos homens
Tornando-os descomprometidos, corrompidos.
Muro do egocentrismo, do narcisismo!


Esse gigante vai tombar ao chão
Orgulhoso por sua imponência
Pensa ser forte...
Nos traz a dor, a morte.
Muro da guerra, da fome, da violência!


Cortina de ferro, humilhação e dor.
A sua vergonha desnuda será
De bravura audaz, esse povo guerreiro
Intrepidamente a paz alcançar.


De mãos entrelaçadas venceremos o gigante
No ostracismo viveremos nunca mais
Ergamos a voz exigindo a liberdade
Reféns desse muro não seremos jamais!


Liliane Castanha

17/02/2014






TEMPO


Hoje começa o amanhã
O amanhã será seu hoje.
Na busca desenfreada
A correr o tempo passa.

Não fique aí parado
Passando o tempo está
Se mexa, planeje o dia
O amanhã chegará.

O tempo que perdeu hoje
Ele nunca voltará
Seja sábio na juventude
Na velhice se fartar.

Com o tempo não se brinca
Não tem parada, não perdoa
Pra não perder-se ao vento
Aproveite bem o seu tempo.

Liliane Castanha
18/02/2014

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DILACERADO CORAÇÃO







Ah se eu pudesse contar o que sente a minh'alma
Encontraria um pouco de calma
Refrigério para o meu coração atormentado.

Seguiria  a vida com mais leveza
Superando os sinistros dissabores
Das escuras e cruentas noites 
Que perturbam e acalentam meus terrores noturnos.

Ah se eu contasse o que meu coração sente
Dos impasses da vida
Ficarás descrente que um dia, conseguirei amansar
Esse coração ferido, maltratado e esquecido
Por quem tanto esperou o amor e lhe foi negado.


Liliane Castanha
20/01/14

EXPRESSÃO






Quero uma inspiração que não deforme a forma com que se forma a palavra.
Quero uma fórmula que formule a ideia da expressão.
Quero imaginar que, pululando entre as vertentes verbais, conjugue-se formatos de compreensão espectral.
Imaginar uma inspiração de fórmula já é criar uma deformidade nos formatos formatados da palavra.
Enfim...
Quero  apenas verbalizar para que em versos, verta de mim a verdadeira conjugação da expressão lapidada do querer.
Quero a palavra que fala a fala doce da alma; CALMA.

Neide Castanha

RETRATO


Apenas Yves seria Saint Laurent.
Apenas Coco seria Chanel.
Valentino, de Clemente Ludovico 
Garavani, não teria o vermelho por cor.
Já não os caberia o trapézio, o rosa, o plissado.

Ícones, apenas ícones...
O que importa é o símbolo que seus nomes carregam.
Que nosso primeiro nome indique o caminho de nossos ícones 
e que  estes sejam compreendidos sem nos anular a essência.

Neide Castanha




                                 Gabrelle Bonheur Chanel  (Coco Chanel)






Valentino Clemente Ludovico Garavani
Yves Saint Laurent













SÓ O TEU AMOR



Estou só nesta manhã ensolarada
E para mim, o dia belo vale nada;
Geme em mim a multidão de meus desejos:
Aplaca-os, amor,  com os teus beijos!

A sorte má ouriça-me os pelos;
Teus dedos faz roçar em meus cabelos!
Triste estou pelo perder dos meus anseios:
Embala-me, amor, junto a teus seios!

A lágrima me invade o triste rosto
Da vida, aos poucos , vou perdendo o gosto
Preciso me perder entre teus braços!
Reponha-me , amor, com teus abraços!

Minha face triste por tanta ilusão!
Traz alegria ao encostar - me a tua mão!
Eu choro os desencontros do caminho:
Consola-me, amor,  com teu carinho!

Meu corpo tremulando e desolado,
Permita-me aquecê-lo  ao teu lado.
Meus olhos tão inchados de chorar...
Alegra-os, amor, com teu olhar!

Não quero mais sentir tanta despeita!
O mundo vil me trata com desfeita!
Me jogue em teus braços sobre a cama,
E sob o corpo quente, amor, me ama.

E nessa hora a chama ardendo em nós,
Me deixe, amor,  ouvir  a tua voz.
Enquanto em teu  corpo eu me inflamo
Sussurre as três palavras: Eu te amo!

Então,  me refarei qual sol fogoso,
E em mim  verás a flor  abrir-se em gozo!
Assim  quando a injustiça me acercar
No nosso forte amor vou me firmar.

Leila Castanha

AMO-TE COMO ÉS




Amo-te como tu és, do íntimo de minha alma
Tua presença restaura em mim a sonhada calma
Como és eu te desejo, teus trejeitos me alucinam
Qual deus grego os teus beijos me aquecem, me fascinam

Como és assim te amo, pois, no coração não mando
Penso e meu raciocínio faz-se louco e não comando
Meus sentidos gritam alto, embora me finja forte
E o coração me acelera como se à beira da morte

Tu és meu deus do Olimpo e tua vida me inspira 
No batuque de teu peito é que meu pulmão respira
Desejei ser a senhora para quem tu’alma clama
Mas tornei-me tua escrava, tua serva, tua ama

Quero-te aos pés de mim, qual dom Juan cortejando,
Tão fino, forte e gentil, com todo fogo me amando
Mas se teu jeito tão rude calca-me sob teus pés
Rendo-me a tua vontade e quero-te como tu és.

Pois não aprouve o destino o direito a mim ceder
De amar quem me merece, de um cavalheiro escolher
Sou vítima de meus desejos que por ti enlouquecidos
Jogam-me, pois a teus pés, pelo amor já vencidos.

Sê, pois, meu dono, carrasco, meu algoz ou meu senhor
O chefe de minha vida, do meu corpo e meu amor
Quero-te com veemência, mas há uma condição:
Ser tua escrava, contudo, dona do teu coração.

Leila Castanha

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

EXALTAÇÃO AO LIVRO




Livro és  fascinante, sabedoria nos traz!
Sois companheiro de viagem
Da noite escura solitária
No momento de lazer apraz.

Nos reporta à Terras distantes,  civilizações ancestrais
Histórias e fantasias, sonho lindo colossal.
Parece até ter magia ao desfolhar suas páginas
Prendendo em tuas letras, nutrindo a minha alma.

És como o grande mar onde  muitos rios desaguam
Janela à receber as primícias ensolarada.
Estais  sempre a guiar aos que tateiam na cultura
Na construção de um grande Ser  porto seguro se faz!


Liliane Castanha
18/12/13


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PERFEIÇÃO





Manhã de ensolarado brilho
Uma brisa suave refrescando o recinto
Contemplo a perfeita criação do criador.
Árvores embalando os seus galhos
Como numa canção de ninar.
Céu em sua imensidão de azulada cor 
De pinceladas brancas nos faz a imaginação soltar.
Nos fios de alta-tensão ouço qual coro angelical
A mais linda saudação da passarada
Vestida como em noite de gala
A exibir suas coloridas e belas plumagens.

Extasiada estou por contemplar tamanha beleza!
Calmamente, desvio o meu olhar...Surpresa fico a mirar minha mão
Desenhando as letras, buscando transmitir a exuberância da criação.
De todas as obras que esse artista esculpiu
Nenhuma se compara por tamanha perfeição
Da sua coleção é a nobreza
Sob seu olhar ele a tem
Essa obra de estimável valor
Sou Eu e Você, criação do Criador.

Liliane Castanha
07/01/2014

domingo, 5 de janeiro de 2014

INQUIETAÇÃO DO POETA












Sinto inquietude em versejar
Os versos estão dentro de mim
Eles pulsam em minhas veias
Porém insiste em não sair.

Lutando estou com as palavras
Elas relutam em surgir
Estoico prosseguirei
O poema quer eclodir.

Brincando estou com as letras
Como de esconde-esconde
Na mente elas aparecem
Ao escrever se escondem.

Minha mente em erupção
Desabrochando qual flor
Com alegria indescritível
Esses versos se formou.


Liliane Castanha

18/12/2013