segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

AMO-TE COMO ÉS




Amo-te como tu és, do íntimo de minha alma
Tua presença restaura em mim a sonhada calma
Como és eu te desejo, teus trejeitos me alucinam
Qual deus grego os teus beijos me aquecem, me fascinam

Como és assim te amo, pois, no coração não mando
Penso e meu raciocínio faz-se louco e não comando
Meus sentidos gritam alto, embora me finja forte
E o coração me acelera como se à beira da morte

Tu és meu deus do Olimpo e tua vida me inspira 
No batuque de teu peito é que meu pulmão respira
Desejei ser a senhora para quem tu’alma clama
Mas tornei-me tua escrava, tua serva, tua ama

Quero-te aos pés de mim, qual dom Juan cortejando,
Tão fino, forte e gentil, com todo fogo me amando
Mas se teu jeito tão rude calca-me sob teus pés
Rendo-me a tua vontade e quero-te como tu és.

Pois não aprouve o destino o direito a mim ceder
De amar quem me merece, de um cavalheiro escolher
Sou vítima de meus desejos que por ti enlouquecidos
Jogam-me, pois a teus pés, pelo amor já vencidos.

Sê, pois, meu dono, carrasco, meu algoz ou meu senhor
O chefe de minha vida, do meu corpo e meu amor
Quero-te com veemência, mas há uma condição:
Ser tua escrava, contudo, dona do teu coração.

Leila Castanha

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