segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DILACERADO CORAÇÃO







Ah se eu pudesse contar o que sente a minh'alma
Encontraria um pouco de calma
Refrigério para o meu coração atormentado.

Seguiria  a vida com mais leveza
Superando os sinistros dissabores
Das escuras e cruentas noites 
Que perturbam e acalentam meus terrores noturnos.

Ah se eu contasse o que meu coração sente
Dos impasses da vida
Ficarás descrente que um dia, conseguirei amansar
Esse coração ferido, maltratado e esquecido
Por quem tanto esperou o amor e lhe foi negado.


Liliane Castanha
20/01/14

EXPRESSÃO






Quero uma inspiração que não deforme a forma com que se forma a palavra.
Quero uma fórmula que formule a ideia da expressão.
Quero imaginar que, pululando entre as vertentes verbais, conjugue-se formatos de compreensão espectral.
Imaginar uma inspiração de fórmula já é criar uma deformidade nos formatos formatados da palavra.
Enfim...
Quero  apenas verbalizar para que em versos, verta de mim a verdadeira conjugação da expressão lapidada do querer.
Quero a palavra que fala a fala doce da alma; CALMA.

Neide Castanha

RETRATO


Apenas Yves seria Saint Laurent.
Apenas Coco seria Chanel.
Valentino, de Clemente Ludovico 
Garavani, não teria o vermelho por cor.
Já não os caberia o trapézio, o rosa, o plissado.

Ícones, apenas ícones...
O que importa é o símbolo que seus nomes carregam.
Que nosso primeiro nome indique o caminho de nossos ícones 
e que  estes sejam compreendidos sem nos anular a essência.

Neide Castanha




                                 Gabrelle Bonheur Chanel  (Coco Chanel)






Valentino Clemente Ludovico Garavani
Yves Saint Laurent













SÓ O TEU AMOR



Estou só nesta manhã ensolarada
E para mim, o dia belo vale nada;
Geme em mim a multidão de meus desejos:
Aplaca-os, amor,  com os teus beijos!

A sorte má ouriça-me os pelos;
Teus dedos faz roçar em meus cabelos!
Triste estou pelo perder dos meus anseios:
Embala-me, amor, junto a teus seios!

A lágrima me invade o triste rosto
Da vida, aos poucos , vou perdendo o gosto
Preciso me perder entre teus braços!
Reponha-me , amor, com teus abraços!

Minha face triste por tanta ilusão!
Traz alegria ao encostar - me a tua mão!
Eu choro os desencontros do caminho:
Consola-me, amor,  com teu carinho!

Meu corpo tremulando e desolado,
Permita-me aquecê-lo  ao teu lado.
Meus olhos tão inchados de chorar...
Alegra-os, amor, com teu olhar!

Não quero mais sentir tanta despeita!
O mundo vil me trata com desfeita!
Me jogue em teus braços sobre a cama,
E sob o corpo quente, amor, me ama.

E nessa hora a chama ardendo em nós,
Me deixe, amor,  ouvir  a tua voz.
Enquanto em teu  corpo eu me inflamo
Sussurre as três palavras: Eu te amo!

Então,  me refarei qual sol fogoso,
E em mim  verás a flor  abrir-se em gozo!
Assim  quando a injustiça me acercar
No nosso forte amor vou me firmar.

Leila Castanha

AMO-TE COMO ÉS




Amo-te como tu és, do íntimo de minha alma
Tua presença restaura em mim a sonhada calma
Como és eu te desejo, teus trejeitos me alucinam
Qual deus grego os teus beijos me aquecem, me fascinam

Como és assim te amo, pois, no coração não mando
Penso e meu raciocínio faz-se louco e não comando
Meus sentidos gritam alto, embora me finja forte
E o coração me acelera como se à beira da morte

Tu és meu deus do Olimpo e tua vida me inspira 
No batuque de teu peito é que meu pulmão respira
Desejei ser a senhora para quem tu’alma clama
Mas tornei-me tua escrava, tua serva, tua ama

Quero-te aos pés de mim, qual dom Juan cortejando,
Tão fino, forte e gentil, com todo fogo me amando
Mas se teu jeito tão rude calca-me sob teus pés
Rendo-me a tua vontade e quero-te como tu és.

Pois não aprouve o destino o direito a mim ceder
De amar quem me merece, de um cavalheiro escolher
Sou vítima de meus desejos que por ti enlouquecidos
Jogam-me, pois a teus pés, pelo amor já vencidos.

Sê, pois, meu dono, carrasco, meu algoz ou meu senhor
O chefe de minha vida, do meu corpo e meu amor
Quero-te com veemência, mas há uma condição:
Ser tua escrava, contudo, dona do teu coração.

Leila Castanha

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

EXALTAÇÃO AO LIVRO




Livro és  fascinante, sabedoria nos traz!
Sois companheiro de viagem
Da noite escura solitária
No momento de lazer apraz.

Nos reporta à Terras distantes,  civilizações ancestrais
Histórias e fantasias, sonho lindo colossal.
Parece até ter magia ao desfolhar suas páginas
Prendendo em tuas letras, nutrindo a minha alma.

És como o grande mar onde  muitos rios desaguam
Janela à receber as primícias ensolarada.
Estais  sempre a guiar aos que tateiam na cultura
Na construção de um grande Ser  porto seguro se faz!


Liliane Castanha
18/12/13


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PERFEIÇÃO





Manhã de ensolarado brilho
Uma brisa suave refrescando o recinto
Contemplo a perfeita criação do criador.
Árvores embalando os seus galhos
Como numa canção de ninar.
Céu em sua imensidão de azulada cor 
De pinceladas brancas nos faz a imaginação soltar.
Nos fios de alta-tensão ouço qual coro angelical
A mais linda saudação da passarada
Vestida como em noite de gala
A exibir suas coloridas e belas plumagens.

Extasiada estou por contemplar tamanha beleza!
Calmamente, desvio o meu olhar...Surpresa fico a mirar minha mão
Desenhando as letras, buscando transmitir a exuberância da criação.
De todas as obras que esse artista esculpiu
Nenhuma se compara por tamanha perfeição
Da sua coleção é a nobreza
Sob seu olhar ele a tem
Essa obra de estimável valor
Sou Eu e Você, criação do Criador.

Liliane Castanha
07/01/2014

domingo, 5 de janeiro de 2014

INQUIETAÇÃO DO POETA












Sinto inquietude em versejar
Os versos estão dentro de mim
Eles pulsam em minhas veias
Porém insiste em não sair.

Lutando estou com as palavras
Elas relutam em surgir
Estoico prosseguirei
O poema quer eclodir.

Brincando estou com as letras
Como de esconde-esconde
Na mente elas aparecem
Ao escrever se escondem.

Minha mente em erupção
Desabrochando qual flor
Com alegria indescritível
Esses versos se formou.


Liliane Castanha

18/12/2013