
Há dias em que o mundo pesa,
e o tempo se arrasta lento,
como se temesse o próprio passo.
O ar fica denso, quase sem cor,
e o coração busca abrigo
em lembranças que doem.
mas ainda aquecem.
Há caminhos que não levam,
sombras que se deitam sobre a alma,
e silêncios que falam mais
do que qualquer consolo humano.
Mesmo assim, seguimos —
não por força, talvez,
mas porque viver é continuar,
mesmo quando o sentido se esconde.
E há, na dor, uma beleza secreta:
entre o entulho da existência.
Ela não grita,
não pede,
não explica —
apenas existe.
Como nós.





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