sexta-feira, 29 de agosto de 2014

INCERTEZAS





Incerto seria chegar ao fim...

Que fim se nem mesmo o planejei?
Não tive o cuidado de coloca-lo no borrão,
Prende-lo às sete chaves
E, por fim, ter certeza das minhas incertezas...

Ver os botões das rosas desabrocharem
Se nem mesmo as cuidei.
Ah, meu caro, a vida não tem manual.
A busca milimetricamente planejada
Continuará sendo de incertezas concretizadas.

Quando será que terei a concretude
Dos meus sonhos e anseios!?
Voltaria a sonhar e sonhar...
Espirais que se dissolvem ao vento.

Afinal a única certeza que tenho
É a incerteza do passageiro e do efêmero.

 Liliane Castanha


                                  29/08/14                                 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

QUAL É O MEDO?









Por que temer, 
quando se busca de fato o brilho do sol;
o encantamento da lua a fulgurar
na imensidão do espaço?

A dança das borboletas entre as flores;
o soar das sinfonias dos pardais;
o barulho das cascatas;
a leveza das correntezas dos rios?

O que teme,
 à busca do seu apogeu?!

Segue esse rio 
qual folha que desliza
e desagua no exuberante mar.

Não se atenha, 
não temas!

Pode então se encontrar.

Liliane Castanha
28/08/14