Correntes marítimas
inundam minha vida.
Um iceberg invade o meu mar,
congelando a minha alma,
paralisando o meu ser.
O astro — centro do meu planeta —,
densas trevas ofuscam sua luz.
Seus raios cintilantes,
outrora aquecedores,
escuras nuvens os encobrem.
Ventos gélidos
invadem meu universo!
Entre lágrimas e soluços,
pranteio a minha sorte.
Busco explicações que me são veladas;
os mistérios da vida a ninguém se desvelam.
Estou em queda livre...
aonde segurar-me em plena descida?
Só os teus braços, Jesus,
podem me amparar,
aquecer a minha alma,
agasalhar o meu coração.
Liliane Castanha
27/06/15
Obs: Fiz esse poema em solidariedade a minha prima Roseli, a morte prematura de seu esposo.