sábado, 27 de junho de 2015

INFORTÚNIO


Correntes marítimas
inundam minha vida.

Um iceberg invade o meu mar,
congelando a minha alma,
paralisando o meu ser.

O astro — centro do meu planeta —,
densas trevas ofuscam sua luz.
Seus raios cintilantes, 
outrora aquecedores,
escuras nuvens os encobrem.

Ventos gélidos
invadem meu universo!

Entre lágrimas e soluços,
pranteio a minha sorte.
Busco explicações que me são veladas;
os mistérios da vida a ninguém se desvelam.

Estou em queda livre...
aonde segurar-me em plena descida?

Só os teus braços, Jesus,
podem me amparar,
aquecer a minha alma,
agasalhar o meu coração.


Liliane Castanha
27/06/15
Obs: Fiz esse poema em solidariedade a minha prima Roseli, a morte prematura de seu esposo.